Cães em rinha eram também assados para consumo em Mairiporã
Os cachorros explorados em uma rinha na cidade de Mairiporã (SP) não só eram forçados a brigar, o que os deixava bastante machucados, como também eram assados.
O delegado Matheus Laiola disse :
" os pit bulls estavam brigando em uma arena improvisada quando a polícia chegou ao local. "
“Encontramos um cenário de duelo, cachorro brigando, cachorro já morto, outros machucados, inclusive animal assado. Eles comiam e davam para outros animais comerem”.
Resgataram os 19 pit bulls que estavam no local. A polícia prendeu 41 pessoas, entre elas um médico, um policial militar e um veterinário, que teve o nome revelado pelo CRMV .
(Veja a nota oficial da instituição clicando aqui).
Encontrados medicamentos que também foram apreendidos. O delegado Jan Plzak, disse que havia “estimulantes que eram usados nos animais feridos. Isso, para reabilitá-los para a próxima luta”.
Alguns cachorros possuem escoriações pelo corpo e cinco estão em estado grave, revelou a médica veterinária Marina Passadore. Um dos cães corre risco de morrer.
“Encontraram testosterona que aplicavam nos machos para estimular e aumentar a agressividade. Eles são muito bonzinhos com seres humanos, não morderam ninguém, todo mundo pegou no colo. Mas não deu para colocar um perto do outro que eles se pegam como se fosse a rinha”.
Disse a médica a veterinária.
Os cães serão submetidos a exames e após serem castrados serão avaliados para que seja analisada a possibilidade de serem disponibilizados para adoção.
As pessoas que foram presas por envolvimento na rinha irão responder pelos crimes de maus-tratos a animais, associação criminosa e prática de jogo de azar. As penas podem passar de cinco anos de detenção.
Nota
A Justiça determinou a soltura de 40 dos 41 presos em flagrante por participação em rinha de cães em Mairiporã, Região Metropolitana de São Paulo. A audiência de custódia ocorreu na última segunda-feira (16) e determinou que apenas o organizador do evento deveria continuar na prisão.
Por Marco Aurélio Santos jornalista responsável




